domingo, 13 de novembro de 2011

Panetone Salgado

Vou tentar fazer em breve. Minha avó fazia um que era uma beleza, dava até pena de ser só um. Sempre pedia pra ela fazer um só pra mim (não, eu não era do tipo neto gordinho) mas ela nunca fez.

Estou pondo a receita aqui pra não perder ela de vista pelos confins da internet e caso algum de vocês queira se aventurar. Abraços a todos


  • Ingredientes
  • 215 g de farinha de trigo
  • 40 g de manteiga
  • 1 pitada generosa de sal
  • 1 pitada generosa de açúcar
  • 1 gema
  • 1 sachê de sazón de legumes ou sabor do sul
  • 1 colher de óleo de oliva
  • Fermento:
  • 45 g de fermento biológico fresco
  • 50 g de açúcar
  • 125 g de água morna
  • 150 g de farinha de trigo
  • Sugestão de recheio:
  • 60 g de lombo defumado em cubinhos
  • 60 g de queijo parmesão em cubinhos
  • Pimentão em cubinhos a gosto (verde, vermelho e amarelo)
  • Cebolinha
  • Salsinha
  • Orégano
  • Modo de Preparo
    1. Fermento:
    2. Amasse com as costas de uma colher o fermento com o açúcar e um pouquinho da água, até dissolver bem
    3. Acrescente aos poucos, alternadamente, a farinha e a água
    4. Cubra a vasilha com filme plástico e deixe crescer, de preferência no sol (é bem mais rápido e cresce bastante) ou em cima do forno quente
      Massa:
    1. Após o fermento crescido, derrame a farinha sobre uma mesa e faça uma coroa
    2. Ao redor coloque o sal, o açúcar e o sazón
    3. No meio coloque o ovo, o óleo, a manteiga e o fermento
    4. Misture com as mãos
    5. Sove muito bem a massa, até ficar bem lisinha
    6. Coloque em uma bacia, cubra com papel filme e deixe crescer até dobrar de volume
    7. Após crescer, misture com a massa os ingredientes do recheio e sove novamente, faça uma bola, coloque na forma para panetone de 500 g e deixe crescer mais um pouco, por exemplo, em cima do forno aquecido
    8. Após crescido, faça um pequeno corte em cruz com uma paca em cima, coloque um pedacinho de manteiga e leve para assar, em forno à 180°, por cerca de 40 minutos a 1 hora, depende do forno
      Informações Adicionais
    1. Pode rechear a gosto, com cebola, presunto etc.

Campanha Para dor De Cotovelo

Bom, é uma dessas campanhas da Garoto feitas por gente inspirada e de bom gosto. A garoto de vez em quando vem com umas pérolas, no melhor sentido da palavra. Ela é destinada para você, para mim e para qualquer ser humano que já tenha sentido a maldita dor de cotovelo de ser dispensado de um relacionamento sem nem saber ao certo como isso aconteceu.

Vi esse comercial pela primeira vez no blod de uma amiga minha, o Maionese e resolvi por aqui pra vocês também.

Aproveitem...

A sim, como a Raquel disse em seu blog, toca Snow Patrol que é sempre uma boa pedida ;)


sábado, 12 de novembro de 2011

Como você reagiria se descobrisse que Jesus é um mito?


HÓRUS 3.000 a.C.
Deus egípcio do Céu, do Sol e da Lua.
Nasceu de Isis, de forma milagrosa, sem envolvimento sexual.
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro.
Ressuscitou um homem de nome EL-AZAR-US.
Um de seus títulos é "Krst" ou "Karast".

MITHRAS séc. I a.C.
Originalmente um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e convertido em deus Sol.
Intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o homem.
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro.
Nasceu de forma milagrosa, sem envolvimento sexual.
Pastores vieram adorá-lo, com presentes como ouro e incenso.
Após sua morte, ressuscitou.

BUDA séc. V a.C.
Sua missão de salvador do mundo foi profetizada quando ele ainda era um bebê.
Por volta dos 30 anos inicia sua vida espiritual.
Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal enquanto jejuava.
Caminhou sobre as águas (Anguttara Nikaya 3:60).
Ensinava por meio de parábolas, inclusive uma sobre um filho pródigo.
A partir de um pão alimentou 500 discípulos, e ainda sobrou (Jataka).
Transfigurou-se em frente aos discípulos, com luz saindo de seu corpo.
Após sua morte, ressuscitou. (apenas na tradição chinesa)

BACO / DIONÍSIO séc. II a.C.
Deus grego do vinho
Nascido da virgem Sémele (que foi fecundada por Zeus)
Quando criança, quiseram matá-lo.
Fez muitos milagres, como a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes.

HÉRCULES séc. II a.C.
Nascido da virgem Alcmena, que foi fecundada por Zeus (o Deus tarado deflorador)
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro.
Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal.
A causadora de sua morte (sua esposa) se arrepende e se mata enforcada.
Estão presentes no momento de sua morte sua mãe e seu discípulo mais amado (Hylas).
Sua morte é acompanhada por um terremoto e um eclipse do Sol.
Após sua morte, ressuscitou, ascendendo aos céus.

KRISHNA 3.228 a.C., então, nem se fala...

Esses não são os únicos a apresentar esse espantoso "parentesco biográfico" com Jesus. Adonis (Grécia), Átis (Frígia), Balenho (Celtas), Joel (Germanos); Fo (China); Quetzocoalt (Olmecas, Maias), todos eles nasceram de forma virginal, morreram sacrificados, seu sangue "purifica" e abençoa, ressucitaram, e sua herança é o amor incondicional ao Criador de todas as coisas; amor que se manifesta amando as criaturas. Algumas destas lendas podem ter sofrido influência direta da história de Jesus, já que os cultos coexistiram com o cristianismo primitivo, mas certamente a imensa maioria surgiu antes. Há também muita lenda urbana, de pessoas acrescentando mais similaridades nos deuses antigos por conta própria, como se isso tudo já não fosse o bastante.




Calma, meus caros! Como estamos vendo a desconstrução de alguns temas, como a idéia de reencarnação - e da própria individualidade - e aprofundando nos arquétipos, é natural que questionemos também nossas crenças mais "sagradas", por mais incômodo que isso possa causar. Por isso recomendo o documentário Zeitgeist, que tem três partes, e serve pra nos revelar fatos sobre algumas histórias mal contadas (entre elas o atentado ao World Trade Center). A primeira parte é sobre a história de Jesus:






Resumo da Ópera:
O documentário faz um paralelo da mitologia contida na história de Jesus, relatada na Bíblia, com a de outros enviados de Deus, que sempre se confundem com a milenar adoração ao Sol. Mostra o significado da importância do 25 de dezembro em todas estas culturas, e faz um paralelo interessante entre astrologia e religião, mostrando as Eras Zodiacais (Touro, Áries, Peixes e Aquário) simbolizadas na Bíblia.

Um maravilhoso trabalho de pesquisa, que infelizmente culmina com um deslize imperdoável no final: a conclusão precipitada de que Jesus não existiu. Teria sido melhor se o documentário não tentasse enfiar goela abaixo uma conclusão (isso vale para os três capítulos). Ora, não se pode provar ou negar, por base em lendas de tradição oral, que uma pessoa tenha ou não existido há quase 2.000 anos. O historiador judeu Flávio Josefo chegou a escrever que existia um tal de Jesus, que teria resuscitado, e tal, mas mesmo assim não há consenso entre historiadores só porque o relato fala de Jesus. Temos também a carta de Publius Lentulus, que também não é provado ser verdadeira (nem falsa). Mas é estranhíssimo achar que Pedro, Paulo, e toda uma comunidade de primeiros apóstolos, que certamente existiram e foram judeus, tenham se reunido para conscientemente forjar do nada uma história tão contrária à expectativa e à sensibilidade religiosa da esmagadora maioria de seu povo. É bem mais sensato supor que o Mestre Jesus, revolucionário, outsider, questionador, que proferiu para o povo os mais singelos e sublimes ensinamentos, tenha de fato existido, e todo o resto possa ser história. E isso não muda em nada minha admiração por este homem.

Mais do que uma pessoa que existiu ou não, que nasceu de virgem ou não, Jesus é a sustentação psicológica, moral e emocional para boa parte do ocidente, assim como Maomé e Buda o são pra o oriente. E as religiões (queira Dawkins ou não) são o veículo pelo qual nós entramos em contato (direto ou indireto) com essas figuras (ou mitos). É como eu sempre falo: Se Jesus não existisse, deveria ter sido criado.

A importância do Mito é inegável na história da humanidade e, num nível mais pessoal, na nossa estrutura psicológica.

Até mesmo Maomé, que um povo culto como os árabes tratou de documentar da forma mais detalhada possível (até mesmo listando os parentes de quem contou algo que Maomé disse ou fez, pra que aquilo não se tornasse uma "lenda urbana"), já pertence à esfera do Mito, um lugar inacessível às pessoas comuns. Os budistas não têm o menor problema em atribuir passagens ou contos a Buda, afinal, o que importa é o ensinamento, e Buda (cujo nome terreno foi "escanteado" em favor de um titulo que serve para qualquer um que alcance a iluminação) é "apenas" a figura do professor.

O que se é, mediante uma intuição interior e o que o homem parece ser sub specie aeternitatis só pode ser expresso através de um mito. Este último é mais individual e exprime a vida mais exatamente do que faz a ciência, que trabalha com noções médias, genéricas demais para poder dar uma idéia justa da riqueza múltipla e subjetiva de uma vida individual.
(Carl Jung; Memórias, sonhos e reflexões)
O homem necessita de uma vida simbólica... Mas não temos vida simbólica. Acaso vocês dispõem de um canto em algum lugar de suas casas onde realizam ritos, como acontece na Índia? Mesmo as casas mais simples daquele país têm pelo menos um canto fechado por uma cortina no qual os membros da família podem viver a vida simbólica, podem fazer seus novos votos ou meditar. Nós não temos isso. Não temos tempo, nem lugar. Só a vida simbólica pode exprimir a necessidade do espírito - a necessidade diária do espírito, não se esqueçam! E como não dispõem disso, as pessoas jamais podem libertar-se desse moinho - dessa vida angustiante, esmagadora e banal em que as pessoas são "nada senão".
(Carl Jung; Ego e Arquétipo)

Jung chegou a conclusão de que a alma cria espontaneamente imagens de conteúdo religioso, e que por isso teria uma natureza religiosa. E que afastar-se desta natureza fundamental seria, segundo ele, a origem de inúmeras neuroses, particularmente na segunda metade da vida. Obviamente que o conceito junguiano de religião difere em muitos pontos do cristianismo tradicional, principalmente em relação a concepção de "bem" e "mal".

Lázaro Freire escreve que "quando o mito, a interface, não se adequa mais à nossa experiência e filosofia; quando as excessões à regra incomodam muito e o discernimento se faz necessário, é hora de saber abrir mão da segurança antiga, admitir não sabermos tudo em nossa crença, e adotarmos algo que explique melhor. Por exemplo, para muitos, o espiritismo cristão de Chico-FEB-Kardec. Que no fundo não é tão diferente do catolicismo assim. Entretanto, esse espiritismo também é mito, e faz o mesmo caminho do catolicismo: no começo se diz a nova revelação do próprio Deus, a que não veio destruir a Lei; depois arroga-se ser a verdade final do cosmos; depois tenta estabelecer seu caráter científico ou filosófico; mas no fim só sobrevive mesmo enquanto mais uma doutrina religiosa. O que, por definição (religião), nega tudo o que tentou ser antes (verdade final, revelação exclusiva, nova ciência, filosofia suprema).

Mitos não são mentiras, talvez sejam a grande verdade que podemos ter, num mundo relativo. Mitos são a melhor história, moral, credos e explicações TEMPORÁRIAS que conseguimos encontrar para explicar um transcendente ou estrutural que dê sentido ao mundo, e sem o qual não faria sentido viver".

A verdade de hoje é o mito de amanhã, sempre foi assim - para quem não estagnou. A própria ciência caminha nesse sentido, ao abandonar suas crenças em favor de algo que explique melhor a "realidade". Só que a ironia é que não há realidade, ao mesmo tempo em que o "onde estamos" nos parece bem "real". Tiramos as cascas da cebola da "ilusão" e percebemos que a "ilusão" não tem fim (algo que a física quântica já percebeu, em assustadora semelhança com a doutrina budista). E sabemos que a maior de todas as ilusões é achar-se dono da Verdade.

Esperamos que estejamos hoje longe da ridícula pretensão de decretar que o nosso pequeno canto seja o único a partir do qual tenhamos o direito de ter uma perspectiva
(Friedrich Nietzsche)
A coisa mais importante que Buda nos ensinou foi o desapego. Precisamos nos desapegar de nossos Mestres, ou melhor, dos mitos com os quais revestimos nossos Mestres, para que possamos ficar apenas com o conteúdo.

Mas Lázaro argumenta: "A questão é: quem se sustenta por si, sem seu mito? Há quem se confunda com a máscara que precisou usar. Tudo é muleta, e é lícito que usemos uma. Ser usado por ela é que é outra coisa. O que insisto é: todas as camadas JÁ são o vazio, mas Deus está em todas elas. E se tudo é real para você e ao mesmo tempo ilusão, o que realmente importa é viver bem independente do mito ou credo do qual temporariamente necessite para explicar e realizar Deus. Não tenho nada contra os mitos espíritas, hinduistas, esotéricos, psicanaliticos ou greco-romanos. Desde que o usemos, conscientes, e não eles a nós. Afinal, o mito não é Deus, mas Ele está nos nossos mitos também. E sempre foi, arquetipicamente, assim".

Vocatus atque non vocatus, Deus aderit
(Frase do Oráculo de Delphos, que diz "Evocado ou não, Deus está presente")
Então, antes de querer "tirar" o Mito de alguém, como quem rouba pirulito da boca de uma criança, pense no poder estruturador do mito para aquela consciência, comunidade ou sociedade. E pense em qual Mito sua consciência está estruturada antes de apontar o dedo acusador para denegrir o Mito dos outros.

Khristo?



Quem conhece esta história abaixo???
Havia um cara que, dizem, teria nascido de uma virgem. Nascido de descendentes dos reis legítimos, em um período em que seu país encontrava-se na mão de ursupadores, nem um pouco ligado às tradições religiosas ou ao bem do povo.
O nome pelo qual passou a ser conhecido no Ocidente, embora na verdade falado em outra língua, lembra o conceito grego de Christhos, ou os radicais presentes no "Espírito Crístico"
Várias profecias indicavam que este menino poderia vir a ser o Rei, embora alguns achassem que isso seria no sentido religioso, e outros, no sentido político.
As pessoas esperavam um salvador. Este seria uma encarnação do segundo aspecto de Deus, que é um só, mas se divide em três.
O rei ursupador, de família ilegítima, mandou MATAR todos os primogênitos, forçando os pais do salvador que fugissem com ele.
Foi criado de forma aparentemente humilde, mas dava mostras de sua sabedoria. Deixava escapar também traços de erudição que indicavam educação primorosa (talvez patrocinada pelos que apoiavam a família real que tenta voltar ao trono).

Após uma infância pouco documentada, deu algumas mostras de seu poder na adolescência.
Após mais algum tempo, em idade adulta jovem, se revelou como presença divina. Sua presença coincide com uma época de grandes conflitos. Durante esta fase de ocupação de suas terras e tentativas de revolução, faz questão de deixar claro que precisamos separar o que é de Deus, notando que o impermanente não é deste mundo.

Quebra paradigmas, ensina morais estranhas, faz questão que cada um cumpra o que é seu papel. Ensina, literalmente, que ELE é o CAMINHO até o Pai. Que é necessário fazer os trabalhos, mas que podemos ofertar a Ele, nos unirmos a ele, que é Caminho, que é Verdade. Não porque ele seja egóico, mas porque ele está ligado com o Criador. E é dificil para nós nos ligarmos com o intangível, mas dá para nos ligarmos com um salvador conhecido. Como ele é ligado a Deus, nos ligando a ele pegamos "carona"...

Acaba sendo morto ainda jovem, de forma trágica, pouco depois de sua revelação como Presença Divina.
Não escreve nada, mas alguns registram parte da sua vida, especialmente as próximas da morte, onde despeja toda a sua sabedoria. Os trechos registrados são pequenos, mas capazes de mudar nossa noção religiosa de causa e conseqüência, trazendo nova luz sobre a natureza do espírito, e sua sobrevivência ao corpo.

Os poucos capítulos sobre sua vida em presença divina são inseridos, como parte das escrituras sagradas, e são traduzidos para praticamente todas as línguas do mundo. (11) O livro com a vida do Deus Vivo é mais popular e citado, individualmente, do que a própria obra religiosa maior que o contém.

Antes de morrer, deixa claro que irá voltar, no futuro. Fazem religião em seu nome, mas ele mesmo nunca foi adepto destes preceitos religiosos, até porque nunca fundou religião alguma, nunca foi moralista, nunca foi de trocar sabedoria por rituais, e não podia freqüentar o que só fizeram depois dele.

Conhecem esta história? Vocês não são os únicos. Os que fizeram o mito ecumênico de "Jesus Cristo", unindo elementos do mitraismo, judaismo, paganismo, culto ao sol e filosofia moralista grega também conheciam. Porque esta é a história de Krishna, que viveu em 3.000 a.C., na Índia.
Escrito por Lázaro Freire




Certa vez, para dar uma lição de humildade, Krishna lavou os pés de um Brahmin chamado Sudhama...

domingo, 6 de novembro de 2011

A vida nada mais é do que uma encruzilhada, onde se tenta sempre achar o caminho de volta ao
lar, a felicidade da infância, ao conforto seguro e agradável dos braços de um amor.

Leonardo Pontual

domingo, 21 de agosto de 2011

Vergonha


Este enunciado é de autoria de RUY BARBOSA em 1914:

"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.

A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.

A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto (o Imperador, graças principalmente a deter o Poder Moderador), guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade"

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pois é...


Hoje eu acordo com meu primo me dando a noticia.
Vicente morreu.
Vicente era dono de um bar.
Era amigo nosso, era amigo de todo mundo.
Sua profissão era quase ser amigo de todo mundo.
Era careca, barbudo, cabeludo e magricela.
Era festeiro, as vezes boca suja, sempre guerreiro.
Passou os últimos anos servindo mesas, cantando e dando alegria.

Hoje o Vicente morreu e eu fico pensando no tempo.
Hoje o tempo amanheceu nublado, meio choroso, meio chuvoso.
O tempo vai passando e vamos nos tornando nossos pais.

Um dia você acorda e o Vicente morreu.
Um dia você acorda e a bunker vira Lojas Americanas.
Um dia você acorda o Balroom virou um prédio de apartamentos.
Os seus amigos ficam velhos e alguns ao partindo.

Um dia nossos pais acordaram e o Vinicius estava morto.
O John Lennon não saiu mais daquele quarto de hotel.
A Elis estava atrás da porta.
Por sinal foi ela que levantou a bola.
Como os nossos pais...

Hoje as 15:00 horas ele vai ser enterrado e nós nos perguntamos o que temos feito.
Como cultivamos nossos amigos.
Como decidimos quais são as nossas prioridades.

Trabalhar é importante.
Estudar nem se fala.
Ir pra um bar beber com os amigos é supérfluo.
Mas você entra num bar, é servido por um Vicente e vive momentos únicos com seus amigos.

Um brinde ao Vicente.
Que esteja onde estiver seja open bar.
E que ele mantenha as portas abertas por muitos e muitos anos até que eu e todos os meus amigos tenhamos aproveitado toda a festa do lado de cá e possamos ir pra saideira com ele do lado de lá.

Vai com Deus.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Diário, meu caro diário


Querido diário, estamos de volta.
O que fizemos nesse período de ausência?
Bom... muuuitas coisas.
Lutamos com o submundo da espécie humana, algo muito parecido com Scott Piligrim , com direito a ex namorados psicóticos da namorada, agregados da família querendo declarar guerra a minha pessoa e aos meus costumes pouco convencionais e desavenças com colegas de trabalho, o que no meu ramo pode ter causas piores que a morte.

A sim, antes que eu me esqueça, também atravessei um complexo de EU ESTOU CERTO que complicou muito as coisas, mas que história estaria completa sem um vilão? E se você tem que escolher um vilão para sua história por que não você mesmo? Afinal de contas não se pode confiar um papel tão importante a qualquer um né?

Agora vocês devem pensar que já que estou aqui é pq consegui todas as respostas e emergi do lago da confusão pronto para mais um dia de Sol, certo? Errado, agora vejo a confusão, mas ainda estou longe de sair dela, sinceramente não sei se quero sair um dia. Acho que seria uma pessoa muito desinteressante se sair, se resolver todos os meus problemas, se não tiver mais conflitos. Quem sabe até um dia eu não escrevo um livro sobre isso?

Nesse exato momento estou tentando recuperar fragmentos da minha vida regressa, retornar aqui foi um esforço extra, acho que é uma das partes de minha pessoa que andei deixando pelo caminho.

A uns dois anos atrás a senhora minha avó morreu e eu acabei me perdendo numa espécie de jornada em ser o tipo de homem que uma porção de gente morta, não apenas ela, teria orgulho que eu fosse. Resultado... virei um babaca que só pensa em responsabilidades, briga com a família e afasta os amigos.

Nesse exato momento estou estudando formas de voltar a ser o que era antes, tem gente que diz que isso é impossível, mas eu prefiro tentar isso a aceitar a pessoa que eu me tornei, fui ver um médico hoje pq o meu corpo começou a reagir severamente e esse tipo de comportamento e pessoalmente achei o médico mais estranho do que eu, mas a coisa ta feia, então ou eu tomo jeito ou a vaca vai pro brejo de vez.

Pois é, as lendas são verdadeiras, mal humor realmente mata.
Voltarei em breve, preciso voltar, escrever aqui é preciso, as vezes descobre-se que sente falta de um antigo amigo apenas no momento em que o reencontra e isso acabou de acontecer agora.

Beijos e abraços a quem quer que venha me ler.

terça-feira, 10 de maio de 2011

E foste...

Tão cedo foste roubada de mim
Tão breve estiveste comigo
Tão só o mundo ficou
Sem ti não tenho mais terra natal
Não tenho mais porto
Não tenho mais feliz reencontro
Alegre regressar
Ponto almejado

És tudo uma caminhada sem fim
Em busca, sabe-se lá do quê
Olhos baixos
Passos ritmados por uma marcha de monotonia
Uma esperança leve e fugaz do que possa surgir na próxima esquina

Um olhar de morena mulher que me lembre o seu
Um riso destabocado de criança, como aquele que nunca mais será
Nunca mais será
Nunca mais terá a chance de ser
Nunca mais será nada além da remota chance de existir

Tantos futuros
Sorrisos
Fins de tarde em praias ao por do Sol
Manhãs chuvosas preguiçosas
Todos abortados
Todos natimortos

Eu
Me torno animal sozinho
Uma pedra no oceano
Um rei a ministrar um deserto
Um eco a correr por cômodos vazios

Poderia ter sido heroico
Mas não há mais o que salvar
Poeria ter corrido
Até o ar me faltar
As penar ficarem insensíveis
E os pulmões arderem
Mas onde chegar?
Para onde ir?

Você nunca mais estará lá
Nunca mais a minha espera
Nunca mais será meu lar

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Porra seu Noel... e eu?

Pois é, o natal já passou, mas a minha lista de presentes continua firme e forte. Afinal de contas seu Noel me deixou meio na mão esse ano...

Hitler


É uma biografia polêmica sobre a vida de Hitler, mostra a
infância dele, as falhas de caráter, hesitações e etc...
Mostra o quanto a Alemanha tava desesperada por alguma salvação pra ter chegado ao ponto de por ele no poder.
... e eu quero ler.



A Queda - Vol. 2 - Trilogia da Escuridão

O primeiro livro já foi muito bom, o tipo de livro que você começa a ler e não consegue parar até terminar. Toma proporções que o leitor não espera.

Indo de um gênero meio arquivo-x, até chegar a uma obra de ficção pura e fantástica.

A primeira parte vale a pena ler e eu quero muito ler essa segunda.






O Discurso do Rei
Editora: Jose Olympio
No ano de 1936, a conservadora Família Real Britânica encontrava-se em
uma situação nada confortável. O jovem monarca Eduardo VIII havia
abdicado do trono por amor à americana divorciada Wallis Simpson. Em
seu lugar, deveria assumir seu irmão, o inseguro e com problemas de fala
Duque de York. Transformar o rapaz considerado inadequado para o trono...
Bom, eu vi o filme, acho que ele merece o Oscar desse ano e to seco pra ler o livro.


House - 6ª Temporada - 6 DVDs - DVD4
O motivo é simples. É a melhor série que tem atualmente, eu tenho todas as outras temporadas e só não comprei essa última ainda pq estou esperando baixa
r o preço. Mas a esperança é a última que morre.


Michaelis Dicionário de Termos Médicos


Livro - Michaelis Dicionário de Termos MédicosEditora - MelhoramentosEsta obra é referência indispensável para médicos residentes, enfermeiras, profissionais da área e estudantes. Com mais de 16.000 termos usados na área médica internacional, o dicionário abrange temas como cirurgia, clínica geral, hospitais, clínicas, enfermagem, farmácia, odontologia e várias outras especialidades.O motivo é simples. Eu preciso dele pra trabalhar ;)

A Fúria dos Reis: As Crônicas do Gelo e do Fogo: Livro 2


  • Editora: Leya
  • Autor: GEORGE R.R. MARTIN
  • ISBN: 9788580440270
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2011
  • Edição: 1
  • Número de páginas: 656
  • Acabamento: Brochura
  • Formato: Médio


O primeiro foi um dos melhores livros que eu já li e esse segundo promete ter mais ação ainda. Mas só saí em março.