quinta-feira, 28 de setembro de 2006

E então ela chorou
E já se despedia
E quando suas lágrimas cairam feriram o coração dele
Um coração que já mal batia
Que muito pouco sentia
Que de tão machucado
Já dolorido vivia
Caminhava distraido
Em um peito quase vazio
E já não via alegria

Mas então ela o olhou
O viu
E ele viu o que perdia
Sentiu algo que poderia ser prenuncio de alegria
Sonhou
Imaginou
Quem sabe, viver outra fantasia

Mas ele não percebeu
Que no momento que essa lágrima caía
A fantasia a muito jazia
Sob todas as pás de terra acumuladas sob os sapatos no dia a dia

Mas isso ele não queria
Não podia
Não voltaria a ser mais um afogado em melancolia
Então ele olhou para si
Assim como ela o via
E viu o que não queria
Que na verdade era ele que partia

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Apareceu essa semana na net o treiller de Os 300 de Esparta, HQ de FRank Miller, mesmo criador de Sin City.

Os dois filmes foram feitos da mesma forma, com atores trabalhando diante do já famoso fundo azul, que depois é trocado por cenários da própria revsita trabalhados para que pareçam mais reais.

Na história, uma fenomenal força de ataque vinda da Pérsia em 480 a.C. entrou na Grécia pelo norte e chegou até a Fócida, no extremo oeste da Grécia Central. Leônidas, um dos dois reis espartanos, posicionou seu exército, com aproximadamente 4 mil soldados, nas Termópilas, um estreito desfiladeiro próximo ao mar.

Dessa forma, conseguiu bloquear a passagem dos invasores enquanto as outras cidades gregas eram avisadas por mensageiros. A estratégia teria sido bem-sucedida não fosse um traidor que revelou aos persas um atalho que possibilitou um ataque devastador pelos flancos. Como o código de honra dos homens de Esparta repudia a derrota ou a rendição, Leônidas decidiu resistir até o final, juntamente com sua guarda de elite, os 300.

O resultado foi uma das mais heróicas batalhas da história.

O filme será lançado nos EUA em 16 de março de 2007. No elenco estão Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Vincent Regan, Dominic West e o brasileiro Rodrigo Santoro.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Não ofereço verdades
Não sou dono de nenhuma delas
Não as entendo
Não gosto ds injustiças que habitam suas inflexibilidades
Não tolero a intolerância de sua rigidez
Ofereço pontos de vista
No maximo opiniões
Assim como qualquer outro ser
Como qualquer livro
Que no máximo oferece um esboço de verdade em papel amarelado pelo tempo
Uma opinião talvez equivocada da realidade de um momento
Uma brincadeira em que palavras dançam ao som de opiniões diversas
Opiniões essas nem sempre verdadeiras, mas mesma assim opiniões
O que é o mundo além de um emaranhado de pontos de vista distintos que se mesclam em algum momento entre o jornal da manhã e o noticiário da noite?

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Minhas mãos parecem queimadas
Minha pele cheira a Sol
Meus olhos se ofuscam com a inesperada luminosidade
Tento virar as costas para as noites frescas
Para me tornar digno de olhar nos olhos dela
Mas o dia insiste em me rejeitar
As noites se perdem em suplicas pela minha presença
Como quem pede visitas a um filho desnaturado
Cada noite em que adormeço é uma noite perdida
Cada dia em que ando entre as pessoas nas ruas me sinto mais só
Só, sem os olhos dela
Que instem em passar atravessados por mim
Só, sem as noites felizes
A quem virei as costas tão sofridamente
Só, sem os amigos
Que sem terem seus encantos pelo dia
Continuam felizes na boemia
Procuro meu lugar no dia
Procuro um lugar próximo a você
Mas tudo que encontro é um lugar vazio
Que segue ao meu lado
Cujo qual eu me desvio
Quando pela luz do Sol sou iluminado