segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Outro Ano Começou


Outro ano começou
Outro ano terminou
Novos amores vão surgir para novas pessoas
Novas esperanças
Novas alegrias
Novas esperanças
Novas estrelas hão de surgir no céu
E outras vão morrer
Corações partidos serão consertados
E corações duros como pedra serão quebrados
Novas estradas serão descobertas
E novos valores surgirão de onde menos se espera

Hoje me encontro só em minha casa no topo do morro
Contemplo o mar
Sinto sua brisa balançar as folhas
Não tenho mais cabelos que possam ser balançados pela brisa
Não há ninguem ao meu lado
O Mundo parece deserto
A mente está povoada
Tomada por multidões

De anjos e monstros
Deuses e prostitutas
Amigos, amantes e animais queridos
Que já se foram ou que ainda estão por vir
E Ela

Ela que tinha os olhos como a mais negra das tempestades
Que tinha o sorriso como o mais brilhante dos dias
Que possuia o coração como a primavera que surpreende chegando em meio ao inverno

Ela que tería nesse momento os cabelos jogados sobre o rosto pela brisa
Que ocultaría a tudo, deixando visivel apenas os olhos
Olhos vivos, quentes e negros

E então com os dedos finos, delineados ela afastaría os cabelos da face
Mostrando um sorriso de quem sabe algum segredo oulto sobre o Universo
Ou que simplesmente oculta alguma brincadeira infantil sendo planejada

Hoje estou só, sobre esse morro
Penso em ti, tão longe
E quero fazer contigo o que a primavera fez com as cerejeiras...