sábado, 30 de junho de 2007

Dia Branco

Bom, esse post é sobre o prazer de se ter algo a perder.

A beleza dessa situação que traz o medo de perder, mesmo sem ter.

Que faz a gente voltar a agir como criança.
Ter inseguranças.
Não saber o que falar.
E quando falar gaguejar.

Perder o sono.
A fome.
Sorrir a toa pro mundo.

Andar com o peito estufado
como se ele fosse pequeno pra carregar tanto coração.
Morrer de tristeza em uma noite
e de alegria no dia seguinte.

Se tornar vulnerável ao menor sinal de desatenção.
Mesmo que seja apenas imaginário.

Esperar sempre que o telefone toque.
E quando ele não tocar, ficar acordado metade da noite sem saber quando ligar.

É sem dúvida um sentimento estranho, sem dúvida, mas mesmo que hovesse como, não há quem queira se livrar.

A música abaixo é pra uma pessoa especial em especial, uma verdadeira sereia pelo que fiquei sabendo e basta que ela saiba que eu pus todos os pontos do jeito que ela gosta.


quarta-feira, 27 de junho de 2007

A Morte À Mesa

Bom, esse testículo eu escrevi hoje enquanto tomava café da manhã.

Só to pondo aqui pra mostrar pra vcs que eu realmente voltei.

E o homem disse...
Maria traga-me um copo de formicida
Pois hoje a morte sentará a mesa
Passe me terno de veludo negro
Alise minha camisa de linho branca
Prepare meu banho

Arrumarei minha escrivaninha
Minhas gavetas
Escreverei minhas últimas cartas
Tomarei um longo banho
Me barbearei

Abra as janelas
Feche as cortinas
Use a mais fina louça sobre a mesa
O linho mais fino
O cristal mais brilhante
E a prata mais polida

Faça seu melhor prato
Sirva a mesa
Encha minha taça com o veneno
Faça uma prece silenciosa
Vá embora
E feche a porta

Pois hoje a morte senta a mesa.


Quando eu falo que fazer as refeições na mesa da cozinha, olhando pra parede sempre me deixa meio estranho ninguem acredita.