sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Minhas mãos parecem queimadas
Minha pele cheira a Sol
Meus olhos se ofuscam com a inesperada luminosidade
Tento virar as costas para as noites frescas
Para me tornar digno de olhar nos olhos dela
Mas o dia insiste em me rejeitar
As noites se perdem em suplicas pela minha presença
Como quem pede visitas a um filho desnaturado
Cada noite em que adormeço é uma noite perdida
Cada dia em que ando entre as pessoas nas ruas me sinto mais só
Só, sem os olhos dela
Que instem em passar atravessados por mim
Só, sem as noites felizes
A quem virei as costas tão sofridamente
Só, sem os amigos
Que sem terem seus encantos pelo dia
Continuam felizes na boemia
Procuro meu lugar no dia
Procuro um lugar próximo a você
Mas tudo que encontro é um lugar vazio
Que segue ao meu lado
Cujo qual eu me desvio
Quando pela luz do Sol sou iluminado


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