sábado, 26 de maio de 2012

Eles morreram
Estão todos mortos
Meu país ruiu
Meus amores
Meus amigos
Todos se foram
Levaram minha fé consigo, meu coração
Tudo que nós fomos desapareceu
Tudo que nós amamos e o que nos fez sorrir desaparecerá
Pois quando eu deixar este mundo, não haverá mais ninguem que se lembre
Mais ninguem que chore por nossa ausência
Que pranteie pelo vácuo que deixamos no coração dos homens
Que proclame em recordações os nossos dias de glória.

Caminho pelos meu corredores e vejo estranhos
Vejo os filhos dos homens menores se banqueteando em nossas mesas
Cuspindo em nosso chão e em nossa memória
Rindo-se de nossa dor

Eles traem, mentem, roubam, são infiéis uns aos outros
Eles zombam de nossa finada honra
Usam palavras rudes, vozes vis, atos mesquinhos

A pérfida é sua pátria mãe
A injúria sua língua nativa
Atos mesquinhos seu modus operanti

Me pergunto pelo fim dos dias negros
Me recordo das manhãs de Sol
Lamento por um tempo onde as sombras eram apenas sombras
Sem forma, sem poder, sem voz
Um tempo em que elas não haviam dominado o mundo em que nasci
Um tempo em que a honra, a fraternidade e a alegria eram senhoras de tudo

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