sexta-feira, 12 de novembro de 2004


"- E o pára-vento?
- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas...
Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso.

Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.

"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido..."

Confessou-me ainda:

"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar."

Esse é um trecho do Pequeno Principe, eu assissti ele depois de muito tempo ontem antes de dormir, durante muito tempo fiz pouco caso de algumas historias que ouvi quando era criança, mas sem duvida nenhuma eu nunca ouvi na vida nenhuma historia que tivesse tanta beleza misturada com uma doce genialidade quanto nessa historia.

Bom fim de semana pra vocês.

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