
E caminho noites a fio por essa terra
Terra fria, desolada, estéril
Terra sem alento, nem aconchego
Terra essa chamada terra sem ti
Em noites insones buscando tua presença
Buscando teu sorriso
Teus olhares e palavras...
Mas é tudo deserto, tudo desolação
Me junto aos Homens que ficaram no chão
Mirando as estrelas
Mas sem poder ve-las
No céu brilhar
Se voltaram para a escuridão
E se puseram a chorar
Caminho cego, surdo, sem fé
Caminho sem rumo
Procurando suas pegadas, na areia branca de praias
Onde antes andavas descalça, com vestidos e cabelos a esvoaçar
Ao vento do por do Sol
Mas sem tua presença, tudo que há é o vazio do mar
O negrume da noite
E a ausência do Sol
A esperar o nascer de um novo dia
A vinda de uma nova alvorada
Onde talvez regresses
E torne o mundo bonito outra vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário